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Projetos

Performances Escultóricas
YOHS

Em 2020 GIL concebe e desenvolve o projeto Performances Escultóricas, no qual expressa através de esculturas uma síntese do seu olhar para atuações de diversos artistas da área da performance. Durante esse processo criativo de interpretação as obras ganham autonomia e independência, com uma narrativa própria do artista e sua poética escultórica. 

Deste conceito, em 2022, A Mulher Árvore - Performance Escultórica é exposta na Fernanda Monteiro Galeria de Arte em Sorocaba - SP, inspirado na performance da artista Silvana Sarti.

Na sequência do projeto, entre 2023 e 2024, o material utilizado pelo artista é a argila, para produzir as esculturas cerâmicas do projeto YOHS - Performance Escultórica, desta vez inspirado na performance da artista multimídia Yohana Oizumi, já que o foco da performer na sua própria produção escultórica é o uso da argila, utilizada extensamente mesmo durante o curso da apresentação de suas performances.

Sobre a Produção do  Projeto YOHS - Performance Escultórica

 

Durante o desenvolvimento do Projeto YOHS - Performance Escultórica, finalizado em 2024, os estudos em plastilina em pequenas dimensões seriam, em princípio, apenas referências para as peças cerâmicas, as quais têm o dobro de altura do modelo em plastilina.

 

Mas esses estudos as foram ganhando protagonismo com o avanço do projeto, tornando-se parte efetiva na sua apresentação juntamente com as obras em cerâmica.

 

Em ambas as versões dos diferentes materiais, o artista se esmera em captar, em especial no olhar, a expressão concentrada das apresentações da performer, mas ao mesmo tempo, em algumas das obras, essa mesma expressão diferencia substancialmente a interpretação do artista da performance que o inspirou.

 

Na obra Getsêmani I, por exemplo, o que o artista entende ser uma expressão de louvor da performer em relação a um bloco de argila é expresso como um diálogo, quase que uma troca de questionamentos, entre a figura e o bloco de argila, por meio de posições deliberada e calculadamente estudadas para os braços e a inclinação da cabeça. 

 

Isso não só ocorre com a maioria das obras em relação à apresentação da performer como também com as versões em plastilina quando comparadas às versões cerâmicas e, nesse sentido, cada versão torna-se uma obra única e sujeita a diferentes impressões por parte do espectador.

Durante a execução das obras, o artista experimentou a sensação de um transe pela concentração em modelar o intrincado drapeado das vestimentas e dos mantos, e sentiu a diferença de fluidez dos diferentes materiais em A Semente - “Break a Leg”, assim como em Madalena e Getsêmani I, que se assemelham a madonas!

 

Ao mesmo tempo, em meio a tantos drapeados, liberdades criativas foram assumidas pelo artista na nudez de A Origem e Getsêmani II.

 

Ainda em A Origem o artista brinca com a produção escultórica da própria performer, e a representa saindo do seu “casulo de criação” para perscrutar e enfrentar os desafios do mundo exterior.

 

Em outras obras a liberdade de expressão é total, como em Saraswati, inspirada no natural e inquieto movimento de mãos e braços da artista-performer ao se expressar.

 

O projeto desenvolveu-se em um processo metamórfico, da humana apresentação da performance inicial aos desenvoltos e frágeis estudos em plastilina e posteriormente para a plasticidade da argila, que através do fogo, conhece sua versão final na resiliência cerâmica.

 

Um processo que nos remete à própria Yohana Oizumi, a Yoh!  Artista, performer e mulher com um talento e uma força interminável a serviço da arte, que fizeram por inspirar o Projeto YOHS - Performance Escultórica.

 

YOHS, assim mesmo no plural...

 

Porque a Yoh são muitas!

Getsêmani I_Aérea
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